Nascer em setembro [e a noite retomou o dia]
Foi há seis anos que nasceu um setembro tranquilo. Chegou com um contentamento azul nos braços. Um choro ténue, uma lágrima alegre e na noite abriu-se uma excecional clareira de luz.
Hoje, que setembro torna, há um recomeço que se diz em poucas palavras. Frases simples que contam histórias sobre o tempo. E o desentendimento por tantos relógios.
Agora diz que já é tempo de ir para a escola. Jura acordar cedo e não fazer asneiras. Vestir-se sozinho. Só não sabe se volta com as calças limpas. Tem que brincar com a namorada. Jogar à bola e marcar um golo. Procurar a dúvida no chão.
Eu disse-lhe para se apressar não fosse a escola acabar. Ou deixar de gostar.