12
Out12
Na estrada [num breve sorriso amarelo]
Paola
A tarde desabava pela estrada. A desafiar as cálidas horas que tocavam nos sinos da igreja. De longe chegavam os acordes que tateavam a resistência do tempo. A força do aplauso murchava à medida que o eco desmaiava pela ladeira.
Apenas uma flor se encostava à parede no orgulho da cor. E de tanto a olhar pensei que a ouvia.
Os sonhos murcham, mas não podem ser arrancados pela raiz. E de vez enquanto chove. Uma chuva serena e doce. Que os alimenta e os veste com farrapos de seda.
E a flor sorriu. Num amplo sorriso amarelo.