01
Nov12
mais nada [é a chuva que me devolve o tempo]
Paola
Hoje, vou oferecer-te o meu suor gota a gota, para te lamber a pele. E ver o Sol. A Lua e as refulgentes estrelas num abraço profundo. Então, tudo fará sentido. Amarramos o tempo ao chão e inauguramos uma tempestade passageira. E bailamos os dois ao ritmo da fortuna enfileirada numa doce melopeia.
Agora, não me digas mais nada. Estou ocupada a ouvir a chuva a sorrir.
(Fotografia de Hugo Coares Pinto)