Foram geleiras. Malas e malinhas. Umas transformaram-se em mesas com bancos. Outras não. Sacos de plástico emproados e contentes. Por um dia assumirem o papel de cestos de farnel aviado na véspera. Com toalha aos quadrados azuis e verdes que eles pintaram de vermelho e branco. Como manda a tradição. Muitos pastéis de bacalhau e outras frituras análogas. Arroz. Bolas e tartes. Pão. Muito pão. Melancia vermelhinha. Melão afidalgado de pepino. Cerejas e uvas muito redondinhas. E muitas garrafas. E muito vento. Sôfrego. Faminto. Por isso, houve comedorias que ele não viu.
Primeiro concentram-se os intervenientes. Ligam-se os motores e inicia-se a viagem. Já no local previamente escolhido e limpo de lixos, dispõem-se todos os ingredientes sobre as mesas. Largam-se umas boas gargalhadas. Logo a seguir, mistura-se tudo. Ninguém é dono de nada. Mais umas gotas de risadas. Depois come-se. Já poucos falam. E comem. E olham. Contemplam. E investigam. Por um dia, apeámo-nos de vícios urbanos. Por ali. Eu cá gostei. Foi um momento lindo. Numa paisagem magnífica. E muitas admirações!
Hasta la vista...
Nota: Há mais fotografias no Panoramices. De pessoas é que não!
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