apregoar
Agora que Agosto faz as malas e a Costa de Caparica está em obras, vejo as sombras do Verão. Oiço ondas de nostalgia e vejo marés de alcatrão.
- olha à boola de Berlim… a boooooooola!
- Senhor! Senhor...
E a cesta levantava um paninho branco que escondia delícias dali. Ouvi dizer que já não é a mesma coisa. Vem aí a ASAE. Ainda bem que a praia não tem portas. Ou tem? Taipais, tem? E muro? Não tem. Ou tem?
- Olha os bolos, olha a bola-de-berlim!
Controle-se a higiene. Pelos padrões todos. Mas não tirem um daqueles prazeres que, há muito, transporto no meu imaginário afectivo.
Não sei se há registo, todavia tenho curiosidade. Quantos casos de intoxicação com as fantásticas bolas compradas na areia da praia? Mais incidentes existirão com intoxicação política. Ou não? Há? Não, não há. E por favor, não enfiem as bolas em saquinhos deprimentes. É que perdem o sabor... Bolas!!