Empedrar [história arrecadada no verde da pedraria]
Quando na ignorância do arco-íris estuda a simpatia das cores, sente-se assim. Branca e preta. Preta e branca. Não se importa com a imperfeição da estrada. Nem com a geometria poeirenta do empedrado. E nota que as pedras que ali faltam são precisas à ladeira.
Quando, nas pedras da calçada, ele tropeça no seu olhar, ela roga-lhe que feche a porta. As janelas. Que cubra o telhado de gélido frio e que passe paralelamente à beira do pavimento. Ou então, erga um muro. Mas do lado de lá. Antes que elas comecem a afundar-se…
Quando ela olha as pedras da calçada, vê o verde da pedraria e escorrega pelo corte irregular do calcário. A preto e branco.
[imagem da internet]