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ponto de admiração

ponto de admiração

03
Jul08

intervalo

Paola

 

 o mar preguiçoso

 

Intervalo. Porque está calor. Porque me apetece. Porque a praia é uma urgência e o mar um fascínio. E a Bretagne, França, beija e acaricia o mar.

 

Uma terra sem medo do oceano. De lendas e histórias de encantar. Com druidas e poções mágicas. Carvalhos fantásticos. Com restos de cultura milenar. Os celtas deixaram palavras e música. Hábitos e crenças. E tem Astérix e Obélix. E o far breton que eu adoro. 

 

 

Préparation : 10 mn
Cuisson : 50 mn

Ingrédients (pour 6 personnes) :

- 250 g de farine fine
- 150 g de sucre
- 1 paquet de sucre vanillé
- 4 gros oeufs
- 1 litre de lait
- 100 g de pruneaux dénoyautés (qu'on aura fait tremper dans de l'eau avec un peu de rhum)
- 1 petit verre de rhum


Préparation :

Mélanger la farine, le sucre et les oeufs un par un. Ajouter le sucre vanillé et le lait peu à peu. Ajouter le rhum.

Verser cette pâte dans un plat bien beurré, y placer les pruneaux et cuire à four chaud (thermostat 6/7, soit 200°C environ). Surveiller la cuisson à partir de 35 mn.

 

 

 

Recette pas trop mal mais n'oubliez pas de faire tremper les pruneaux dans eau + rhum, et de les rouler dans la farine avant de les disposer dans le fond du plat et y verser la pâte... Et oui il faut du rhum. Du rhum, des femmes et un far, non de Dieu c'est ça qui rend heureux... parole de breton!!!

Très bien mais ajouter le lait bouillant pour que la farine ne tombe pas, je met pas de vanille ni d'alcool.

 

 

Eu também não uso álcool. Mas rolo as ameixas na farinha! O resultado? Super!!!

30
Jun08

vulgaridades

Paola

h  férias de assuntos sérios

 

Apetece-me escrever sobre o tempo. Dizer que está bom. Agradável, apesar do calor. Que o Verão, este ano será muito quente. Nunca se sabe. Se calhar em Agosto vai chover. Não, não vai. O mais quente dos últimos anos. Enfim, repetir banalidades. As férias estão quase aí. Fantástico. O Algarve também. Eu não vou, fico por aqui. E tanta gente que vai de férias. Até para o estrangeiro. Até para Porto Santo. Duvidam-se das fantasias estivais. O país está a pedir. Não se percebe tanto luxo. Só para uns que os outros vivem o ano todo sem alternativa. Não às férias, mas ao emprego. E as férias mais não são que o intervalo na vida da gente. Uma pausa desnecessária para quem não tem tempo para elas. Afinal, o trabalho já falta. A inflação é tão alta. No entanto, o congelamento refrescou os corpos.

 

Apetece-me escrever sobre Agosto. Um mês com dias suados. Dias neutralizados por um país a correr para o sul. Às vezes sem norte. Sabe-se lá a sorte que essa gente tem. É preciso fingir. E Agosto é um mês despido de preconceitos. Faz topless. Aventura-se nu em lugares recônditos. Para que ninguém o vejo e não saiba o que vai para aqui. Porque a tanga não beneficia todos os talentos corporais. É tempo de anunciar aos vizinhos que as férias são ali e acolá. Reinventam-se os destinos dos outros. E corre-se para baixo. Ou fica-se por aqui. O carro é novo. Há que gastá-lo. Vai-se à terra, como quem vai para outro lado. Por imposição, por convenção. Agosto é um mês de imperativos a mostrar. Agosto tem tempo para espraiar males sociais.

 

Apetece-me escrever sobre o cão. Não posso. Afinal, o bicho é uma cadela. De passeios ao fim da tarde. Muitas vezes contrariados. Ela quer eu é que não. Outras pela manhã. Ela quer sempre eu é que nem por isso. Mas vou. Estorvos caninos. A culpa não é dela. Sou eu que quis. E ainda quero. E finjo uma contente digressão. Toda a gente aplaude. Pois é! Tem que ser. Cumprimento este e aquele. Fala-se de raças. Os bichos partilham cheiros e ladridos. Dizeres aparvalhados. Afectos autênticos. E ambiciono ser cão. Cadela é que não. Trocam-se amabilidades habituais. Circunstâncias entre amos de animais, enquanto os bichos se farejam.


- É cadela?
- É, não tem mal. Ladra grosso, mas até gosta de socializar com eles. Só quer brincadeira.

- Mas é cadela…

- Pois! Cadela com cadela não resulta muito bem.
- As mulheres também são assim… cadelas umas para as outras.

 

Não entendi. Está calor. Passo para o lado de lá. Pela passadeira, não concluam os carros que fui de férias. Olá, boa-tarde. Então por aqui? E as férias. Só em Agosto. Estão quase. E o cão adora praia. Já nada muito bem. Que bom para ele, pensei.

 

Apetece-se escrever sobre frivolidades. Inutilidades diárias. E ler revistas coloridas de rosa. E de azul com muitas fotografias. Saber da vida dos insignes. Invejar-lhes as casas. Mesmo que só no Verão. Cobiçar-lhe os iates. E o mar. Suspirar pelos vestidos com alças muito fininhas e querer roubar-lhes a pele tisnada pelo sol da Polinésia Francesa. E os sorrisos compostos para cada uma das páginas.

 

Sempre que eu escrevo sobre vulgaridadess, a minha cabeça só pensa em vulgaridades. Por isso, é que me apetece escrever sobre vulgaridades. Se eu escrevesse sobre assuntos grandiosos, teria que apostrofar a vida. Que é mesmo macabra. Ruim. Turbulenta. Cadela! E chorava. E não me apetece.

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Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. [Fernando Pessoa]

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