Verde [na ternura do olhar]
Gosto deste mundo colorido e vivo. Da expressividade das ervas e das flores. Do jardim talhado e geométrico. Do abandono acautelado das árvores. Do rio que serpenteia agressivo por vales e montes. Da doce pacatez das águas aprisionadas. Do fingimento do mar. Gosto do direito e do avesso. Assim, sem ter que escolher entre isto ou aquilo.
Do contentamento do verde. Da luxúria esverdeada em redor. Do pássaro pipilante na quietude da folhagem.
Gosto do verão com horas suspensas. E de saber que amanhã aparecerá um novo rebento em cada semente desabotoada. Um princípio novo. Brilhos da natureza no esplendor do amanhecer. De um sol brilhante. Porque gosto da simplicidade verde da natureza. Sempre que os meus olhos se perdem na embriagada harmonia que se satisfaz do chão.