esquecer
sábado morno de Agosto
Sem surpresas e igual a si próprio, o sábado é um dia admirável. Porque ao sábado não acontece quase nada. Cumprem-se rotinas. Uma visita à família. Aos amigos. Banhos de sol e de mar numa praia atulhada de toalhas e pernas estendidas na areia. Compras em grandes superfícies comerciais. Têm quase tudo. E mais à mão que o tempo ao sábado não rende. Carregam-se sacos de plástico com asas para a cozinha. Limpa-se aqui, para sujar mais ali. E as crianças agitam-se porque vão visitar a avó. O relógio corre sempre ao sábado. Convencido que vai participar nos 100 metros barreiras. Os obstáculos aparecem constantemente. Nem sempre se consegue saltar.
Porque um sábado de Agosto é um dia esfarrapado de pessoas e de portas, não comi arroz-doce. Nem o aroma inebriante da canela. Apesar de gulodice fútil, eu gosto. Apesar dos triglicéridos eu como. Só ao sábado. O melhor mesmo é esquecer, por hoje.
Vou ver o filme do Pocoyo que comprei na feira. É divertido. E as borboletas sempre têm asas... mas falado em português!